Hiperatividade
18/02/2023 Por Anabol Loja Off

Hiperatividade: O Que É, Sintomas, Tratamento e Alternativas Naturais

A hiperatividade é um termo frequentemente utilizado para descrever comportamentos caracterizados por inquietação, impulsividade e dificuldades de concentração. Embora muitas pessoas associem esse termo exclusivamente ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), a hiperatividade pode ter diversas causas e se manifestar de diferentes formas, tanto em crianças quanto em adultos.

O Que É Hiperatividade?

Hiperatividade é uma condição caracterizada por níveis anormalmente elevados de atividade física e mental. Indivíduos hiperativos geralmente têm dificuldade em ficar parados por longos períodos, falam excessivamente, interrompem conversas, demonstram impaciência e estão constantemente em movimento.

Embora o comportamento hiperativo seja mais comum na infância, ele pode persistir na vida adulta, especialmente quando associado ao TDAH. No entanto, nem toda hiperatividade está relacionada a esse transtorno. Estresse, ansiedade, alimentação inadequada e até mesmo distúrbios neurológicos podem ser fatores que desencadeiam essa condição.

Para Que Serve o Diagnóstico de Hiperatividade

O diagnóstico da hiperatividade é essencial para identificar se o comportamento apresentado está dentro da normalidade ou se faz parte de um quadro clínico que requer acompanhamento. O objetivo do diagnóstico é oferecer a base correta para o tratamento, seja ele medicamentoso, psicoterápico ou comportamental.

Um diagnóstico preciso ajuda a evitar rótulos e punições desnecessárias, especialmente em crianças. Além disso, permite desenvolver estratégias personalizadas para cada caso, respeitando o histórico de vida, o ambiente familiar e escolar e a individualidade de cada pessoa.

Quais São os Principais Sintomas?

Os sintomas de hiperatividade variam conforme a faixa etária e a gravidade da condição. Em crianças, os sinais mais comuns incluem:

  • Incapacidade de permanecer sentado por muito tempo;
  • Interrupção constante de conversas ou atividades alheias;
  • Dificuldade para esperar a sua vez;
  • Correria ou escaladas excessivas em momentos inapropriados;
  • Fala constante e impulsiva.

Já em adultos, a hiperatividade pode se manifestar de forma mais sutil:

  • Sensação de inquietação constante;
  • Dificuldade em relaxar ou manter o foco;
  • Tomar decisões impulsivas;
  • Procrastinação ou desorganização frequente;
  • Impaciência e mudanças bruscas de humor.

Esses sintomas, quando persistentes e com impacto negativo na vida pessoal, escolar ou profissional, devem ser investigados por um especialista, geralmente um psiquiatra ou neuropsicólogo.

Causas da Hiperatividad

Diversos fatores podem causar ou contribuir para o desenvolvimento da hiperatividade. Entre os principais, destacam-se:

  • Genética: Estudos indicam que filhos de pais com TDAH têm maior probabilidade de desenvolver o transtorno.
  • Alterações neurológicas: Desequilíbrios em neurotransmissores como dopamina e noradrenalina estão ligados à hiperatividade.
  • Ambiente familiar e social: Estresse, negligência ou falta de rotina podem influenciar no comportamento hiperativo.
  • Alimentação: Excesso de açúcar, corantes artificiais e cafeína podem desencadear sintomas em algumas pessoas, especialmente em crianças.
  • Condições médicas: Problemas na tireoide, distúrbios do sono ou até epilepsia podem causar sintomas similares.

É fundamental uma avaliação clínica completa para identificar a origem do comportamento hiperativo e definir o melhor plano de intervenção.

Como É o Tratamento da Hiperatividade

O tratamento da hiperatividade depende da causa e da intensidade dos sintomas. Quando o quadro está relacionado ao TDAH, o tratamento pode incluir:

1. Medicação

O uso de medicamentos psicoestimulantes é comum, como o metilfenidato (Ritalina) ou a lisdexanfetamina (Venvanse). Esses remédios aumentam a concentração e reduzem a impulsividade, promovendo maior controle do comportamento.

Importante: esses medicamentos só devem ser utilizados com prescrição médica e acompanhamento regular, pois podem causar efeitos colaterais como:

  • Insônia;
  • Perda de apetite;
  • Irritabilidade;
  • Dores de cabeça;
  • Aumento da pressão arterial.

2. Terapia Comportamental e Psicoterapia

O acompanhamento com psicólogos pode ajudar a criança ou o adulto a desenvolver estratégias para lidar com a impulsividade, organizar rotinas e aprimorar habilidades sociais. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma das abordagens mais eficazes nesse contexto.

3. Acompanhamento Escolar e Familiar

Professores, cuidadores e pais devem ser orientados a lidar de forma positiva com o comportamento hiperativo. Adaptações pedagógicas, reforço positivo e criação de rotinas previsíveis ajudam no controle dos sintomas.

É Possível Tratar Sem Medicação?

Sim, é possível. Em casos leves ou moderados, estratégias não farmacológicas podem ser suficientes para controlar os sintomas. Algumas alternativas incluem:

  • Mudanças na alimentação: Dietas ricas em alimentos naturais, evitando açúcar refinado, aditivos e corantes, podem ajudar.
  • Atividade física regular: Exercícios liberam endorfinas e ajudam a reduzir a inquietação.
  • Técnicas de mindfulness e meditação: Auxiliam na melhora da atenção e no controle da ansiedade.
  • Fitoterapia: Algumas plantas, como camomila, passiflora e valeriana, têm efeitos calmantes, mas devem ser usadas com orientação profissional.

Ainda assim, cada caso é único. Há situações em que a combinação de medicamentos e terapias oferece os melhores resultados.

É Preciso Receita Médica Para o Tratamento

Sim. Os medicamentos utilizados para tratar a hiperatividade, como Ritalina e Venvanse, são classificados como controlados pela Anvisa. Isso significa que sua venda só pode ocorrer mediante prescrição médica com receita especial de controle (em duas vias). A automedicação é altamente desaconselhada, pois pode causar efeitos colaterais graves e mascarar outras condições de saúde.

Existem Alternativas Naturais?

Algumas pessoas optam por métodos naturais no controle da hiperatividade, principalmente por receio dos efeitos colaterais dos medicamentos. Entre as opções mais populares estão:

  • Suplementos nutricionais: Ômega-3, magnésio, zinco e vitaminas do complexo B.
  • Homeopatia e acupuntura: Embora os resultados variem, muitas famílias relatam benefícios.
  • Educação parental: Programas como “Parent Training” ajudam os pais a responderem de forma mais eficaz ao comportamento dos filhos.

É importante lembrar que essas alternativas devem ser avaliadas junto a um profissional de saúde qualificado. O uso isolado ou sem critério pode ser ineficaz ou até prejudicial.

Conclusão

A hiperatividade é uma condição que exige atenção, mas não deve ser motivo de estigmatização. Com diagnóstico precoce, tratamento adequado e suporte contínuo, é possível controlar os sintomas e garantir qualidade de vida para a pessoa afetada e para sua família. O importante é entender que cada caso é único e que o acompanhamento multidisciplinar é essencial para traçar o caminho mais eficaz.