acne
11/05/2025 Por Venus Anabol Off

Acne

A espinha interna, conhecida cientificamente como acne nódulo-cística, é uma forma intensa de acne que se caracteriza por ser palpável e extremamente dolorosa. Essa condição ocorre nas camadas mais profundas da pele e pode afetar tanto homens quanto mulheres, independentemente da faixa etária. Geralmente, as espinhas internas são mais comuns em períodos de variações hormonais, como durante a gravidez ou a menopausa. No entanto, a incidência é particularmente alta na puberdade, quando há um aumento significativo na produção de sebo, o que resulta em um maior surgimento de espinhas.

É fundamental evitar espremer a espinha interna, uma vez que, devido à ausência de uma abertura na superfície da pele, não é possível eliminar o pus acumulado. Além disso, essa prática pode agravar a inflamação e intensificar a dor local, levando a uma piora dos sintomas.

Nos casos de espinhas internas, recomenda-se a aplicação de compressas quentes ou vapor na área afetada para ajudar a reduzir a inflamação e aliviar a dor. Entretanto, se as espinhas internas se tornarem frequentes ou não responderem a medidas caseiras, é crucial consultar um dermatologista. O profissional poderá avaliar a situação e, se necessário, prescrever medicamentos que ajudem a eliminar essas lesões.

Por que ocorre a espinha interna

O surgimento da espinha interna está intimamente ligado ao desequilíbrio hormonal. Por essa razão, é mais comum entre adolescentes, pois é nesse período que há uma alteração significativa nos níveis de testosterona, tanto em meninos quanto em meninas. Essa variação hormonal provoca o aumento da produção de sebo, que, por sua vez, contribui para a obstrução dos poros e o desenvolvimento da acne.

Embora a acne interna seja mais prevalente durante a adolescência, ela também pode manifestar-se em adultos. Nesta fase, fatores como estresse, ansiedade, a tensão pré-menstrual e uma alimentação rica em gorduras e açúcares desempenham um papel significativo no agravamento da condição. O estresse, por exemplo, pode estimular as glândulas sebáceas, resultando em um aumento na produção de sebo e, consequentemente, no surgimento de novas espinhas.

Como tratar a espinha interna

O primeiro passo a ser tomado quando se tem uma espinha interna é evitar espremer a região afetada. Esse ato não só inviabiliza a remoção do pus, mas também pode levar a uma inflamação maior e ao aparecimento de manchas escuras que demoram para desaparecer. Portanto, o tratamento deve ser iniciado assim que surgirem os primeiros sintomas, como dor, vermelhidão e inchaço na pele.

Para tratar a espinha interna, siga estas etapas recomendadas:

  1. Coloque uma compressa quente na área afetada ou use uma bolsa térmica envolta em uma toalha para não queimar a pele, deixando-a por cerca de 15 minutos;
  2. Aguarde 10 minutos sem a compressa;
  3. Repita o procedimento por, pelo menos, 1 hora ao longo do dia até que a espinha desapareça.

Outra estratégia para aliviar os sintomas da espinha interna é a aplicação de vapor quente próximo à área afetada. Isso pode ser feito utilizando aparelhos de vapor ou simplesmente aproveitando o vapor da água morna durante o banho. O vapor ajuda a reduzir a inflamação e a quantidade de pus acumulada e pode ser aplicado várias vezes ao dia.

Além disso, para prevenir o surgimento de novas espinhas internas e tratar as existentes, é aconselhável realizar uma limpeza de pele profunda a cada dois meses para peles normais a secas e mensalmente para peles mistas e oleosas. Essa limpeza pode ser feita em casa ou, preferencialmente, por um profissional qualificado. É importante entender como é realizada a limpeza de pele profunda para garantir a eficácia do tratamento.

Cuidados durante o tratamento da espinha interna

Existem alguns cuidados que podem acelerar o tratamento da espinha interna e que devem ser adotados durante o tratamento caseiro ou sob orientação médica. Esses cuidados incluem:

  • Evitar espremer a espinha interna: Manipular a região afetada, como o nariz, ouvido ou queixo, pode exacerbar a inflamação e aumentar a dor;
  • Lavar a área afetada duas vezes ao dia: Manter a pele limpa é fundamental para regular a produção de sebo e eliminar impurezas. O ideal é lavar com água fria e um sabonete neutro;
  • Aplicar protetor solar uma vez ao dia: A proteção solar é essencial para diminuir as chances de manchas provocadas pela inflamação;
  • Manter a pele hidratada: Máscaras de hidratação natural, como aquelas que utilizam argila verde e mel, são excelentes opções para restaurar a integridade da pele e estimular a renovação celular. Confira 10 opções de hidratantes caseiros;
  • Evitar maquiagem na região afetada: O uso de maquiagem pode obstruir os poros, aumentando a oleosidade e a produção de sebo;
  • Esfoliar a pele uma vez por semana: A esfoliação é uma prática eficaz para remover impurezas, estimular a regeneração e o crescimento de novas células. Veja 6 opções de esfoliantes caseiros para o rosto.

Esses cuidados devem ser seguidos durante o tratamento caseiro ou conforme indicado pelo médico. Além disso, mantê-los após a cicatrização das espinhas é crucial para preservar a saúde da pele e prevenir o surgimento de novas lesões.

É também recomendável adotar uma alimentação baixa em açúcares e gorduras, como chocolate, amendoim e laticínios, pois esses alimentos podem irritar as glândulas sebáceas e contribuir para o surgimento da acne.

Para entender melhor como a alimentação pode influenciar o aparecimento de espinhas, assista ao vídeo a seguir.

Quando procurar um dermatologista

É aconselhável consultar um dermatologista quando as técnicas caseiras não apresentarem resultados, se a dor persistir por mais de uma semana ou quando as espinhas internas aparecerem com frequência. Além do desconforto físico, as lesões podem impactar negativamente a autoestima e a qualidade de vida do indivíduo.

O dermatologista fará uma avaliação detalhada da pele e das espinhas internas, podendo indicar o tratamento mais apropriado. Isso geralmente envolve a prescrição de antibióticos ou isotretinoína, um medicamento derivado da vitamina A que reduz a produção de sebo e, consequentemente, a inflamação, ajudando no combate à espinha interna. Para entender melhor a isotretinoína e suas indicações, consulte um profissional de saúde.