Açúcar no sangue
16/02/2023 Por Anabol Loja Off

Açúcar no Sangue: O Que É, Como Funciona e Qual a Sua Importância para a Saúde

O açúcar no sangue, também chamado de glicose sanguínea, é essencial para o funcionamento do corpo humano. Ele representa a principal fonte de energia para as células, e seu equilíbrio é vital para o bom desempenho de todos os sistemas corporais. Apesar de muitas vezes associado negativamente a doenças como o diabetes, o açúcar no sangue em níveis saudáveis é necessário para manter o organismo funcionando corretamente.

Neste artigo, vamos explicar o que é o açúcar no sangue, como ele é regulado, quais são os níveis normais, o que pode causar o aumento (hiperglicemia) ou a queda (hipoglicemia), os riscos associados a essas alterações, formas de controle e prevenção, e como manter esse índice sob controle.

O que é o açúcar no sangue?

A glicose é um tipo de açúcar simples que circula no sangue e é proveniente da digestão dos alimentos, especialmente carboidratos. Após as refeições, o corpo transforma os carboidratos ingeridos em glicose, que é absorvida pelo intestino e transportada pela corrente sanguínea até as células. Para que a glicose entre nas células e seja utilizada como energia, o organismo depende da insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas.

Para que serve a glicose no sangue?

A glicose serve como combustível para o organismo. Ela é essencial para:

  • Fornecer energia ao cérebro, que consome cerca de 20% da glicose disponível no corpo.
  • Sustentar o funcionamento dos músculos durante atividades físicas e mesmo em repouso.
  • Alimentar os órgãos vitais, como coração, fígado e rins.
  • Participar da produção de ATP (adenosina trifosfato), que é a principal molécula de energia nas células.

Sem glicose suficiente, o corpo entra em colapso energético. Por outro lado, quando há glicose em excesso e o organismo não consegue usá-la corretamente, surgem doenças como o diabetes.

Níveis normais de açúcar no sangue

Os níveis de glicose no sangue variam de acordo com o momento do dia e a ingestão de alimentos. Os valores de referência geralmente aceitos são:

  • Em jejum: 70 a 99 mg/dL
  • 1-2 horas após uma refeição: até 140 mg/dL
  • Pré-diabetes: jejum entre 100 e 125 mg/dL
  • Diabetes: jejum igual ou superior a 126 mg/dL em pelo menos dois exames diferentes

Esses valores podem variar ligeiramente conforme o laboratório e o protocolo utilizado.

Hiperglicemia: açúcar alto no sangue

A hiperglicemia ocorre quando a glicose no sangue está acima dos níveis normais. As causas podem ser diversas, incluindo:

  • Resistência à insulina (como no diabetes tipo 2)
  • Falta de produção de insulina (como no diabetes tipo 1)
  • Estresse físico ou emocional
  • Uso de certos medicamentos (como corticoides)
  • Dieta rica em açúcares simples e carboidratos refinados
  • Sedentarismo

Sintomas da hiperglicemia:

  • Sede excessiva
  • Urina frequente
  • Fadiga
  • Visão embaçada
  • Perda de peso inexplicada
  • Infecções frequentes

Se não for tratada, a hiperglicemia crônica pode levar a complicações graves, como retinopatia diabética, nefropatia, neuropatia, doenças cardiovasculares e amputações.

Hipoglicemia: açúcar baixo no sangue

A hipoglicemia é o oposto da hiperglicemia e ocorre quando os níveis de glicose estão abaixo de 70 mg/dL. Pode acontecer por:

  • Uso excessivo de insulina ou medicamentos hipoglicemiantes
  • Longos períodos em jejum
  • Exercícios intensos sem alimentação adequada
  • Consumo excessivo de álcool
  • Distúrbios hormonais ou doenças hepáticas

Sintomas da hipoglicemia:

  • Tontura e confusão mental
  • Suor frio
  • Tremores
  • Fome intensa
  • Palpitações
  • Irritabilidade
  • Desmaio e, em casos graves, coma

A hipoglicemia pode ser rapidamente revertida com a ingestão de carboidratos simples, como suco de frutas ou balas.

Como controlar o açúcar no sangue?

A regulação da glicemia envolve uma série de estratégias que combinam alimentação, atividade física, monitoramento e, se necessário, medicamentos. As principais recomendações são:

  • Dieta balanceada: rica em fibras, vegetais, proteínas magras e grãos integrais. Evitar açúcares simples e alimentos ultraprocessados.
  • Exercícios físicos regulares: ajudam a aumentar a sensibilidade à insulina.
  • Controle do peso corporal: a obesidade está diretamente ligada à resistência à insulina.
  • Evitar picos de estresse: que podem liberar hormônios como o cortisol, aumentando a glicemia.
  • Monitoramento frequente da glicose: especialmente em diabéticos ou pessoas com predisposição.

Quando procurar ajuda médica?

É importante procurar orientação médica se:

  • Você apresenta sintomas de hiperglicemia ou hipoglicemia com frequência
  • Já tem diagnóstico de diabetes ou pré-diabetes e deseja ajustar o tratamento
  • Tem histórico familiar de diabetes
  • Está com sobrepeso, sedentarismo e maus hábitos alimentares

O médico pode solicitar exames como glicemia de jejum, hemoglobina glicada (HbA1c) e curva glicêmica para avaliação completa.

Existe medicação para controlar o açúcar no sangue?

Sim. O tratamento pode incluir:

  • Antidiabéticos orais: como metformina, glibenclamida, sitagliptina, entre outros.
  • Insulina: em casos de diabetes tipo 1 e tipo 2 descompensado.
  • Análogos de GLP-1 e outros medicamentos mais modernos, como Mounjaro (tirzepatida).

Essas medicações devem ser sempre prescritas por um profissional da saúde, com acompanhamento contínuo.

Alternativas naturais e suplementares

Algumas abordagens complementares podem ajudar no controle da glicemia:

  • Consumo de canela, vinagre de maçã e berinjela em água.
  • Suplementos como cromo, magnésio e ácido alfa-lipóico (com orientação profissional).
  • Dietas com baixo índice glicêmico.

No entanto, essas opções nunca devem substituir o tratamento médico convencional.

Conclusão

O açúcar no sangue é um indicador vital para o funcionamento do organismo, especialmente no fornecimento de energia. Manter os níveis glicêmicos dentro da faixa ideal é essencial para prevenir complicações graves à saúde, como o diabetes e suas consequências. A boa notícia é que, com hábitos saudáveis, alimentação equilibrada, atividade física e acompanhamento médico, é possível manter o controle da glicose e garantir uma vida longa e saudável.