
Estradiol
Comprimido
Estradiol é amplamente utilizado como uma forma de terapia hormonal (TH) para tratar os diversos sintomas que surgem devido à deficiência de estrogênio. Os sintomas mais comuns incluem ondas de calor, que são uma sensação súbita de calor intenso, frequentemente acompanhadas de sudorese, e a secura vaginal, que pode causar desconforto durante a relação sexual. Além disso, o estradiol é eficaz na prevenção da perda de massa óssea em mulheres na pós-menopausa, especialmente aquelas que apresentam um alto risco de fraturas.
A terapia com estradiol é especialmente indicada para mulheres que passaram por uma histerectomia, ou seja, que tiveram o útero removido. Essas mulheres não precisam de uma terapia combinada com progestagênio, pois a remoção do útero elimina o risco de hiperplasia endometrial, uma condição em que o revestimento do útero se torna muito espesso. Por outro lado, mulheres que mantêm o útero intacto devem considerar a terapia combinada com progestagênio por um período de pelo menos dez a doze dias em cada ciclo de tratamento. Isso é crucial para proteger o endométrio e reduzir o risco de câncer uterino. Vale ressaltar que a experiência com a terapia de estradiol em mulheres com mais de 65 anos de idade é limitada, o que implica que a prescrição deve ser feita com cautela, considerando os riscos e benefícios.
Gel
A terapia de reposição hormonal em gel é uma alternativa eficaz para o tratamento dos sintomas associados à deficiência de estrogênio em mulheres na pós-menopausa. Este tipo de terapia é especialmente útil para aquelas que preferem evitar comprimidos ou que têm dificuldades em ingerir medicamentos pela via oral. Os géis de estradiol proporcionam uma absorção mais rápida e podem ser mais bem tolerados por algumas mulheres.
Além de aliviar os sintomas como ondas de calor e secura vaginal, a terapia com gel também tem um papel importante na prevenção da osteoporose em mulheres na pós-menopausa. Este é um problema sério, pois a osteoporose pode levar a fraturas ósseas, que são uma das principais causas de morbidade em mulheres idosas. Para aquelas que apresentam um alto risco de fraturas e para as quais outros medicamentos utilizados na prevenção da osteoporose não são apropriados ou são contraindicados, o uso do gel de estradiol pode ser uma solução viável.
Contudo, é importante destacar que a experiência com a terapia de reposição hormonal em mulheres acima de 65 anos ainda é escassa. Isso sugere que, ao considerar essa forma de tratamento, deve-se levar em conta a avaliação cuidadosa dos riscos envolvidos, como o aumento do risco de trombose e outras complicações cardiovasculares.
Adesivo
A terapia de reposição hormonal por meio de adesivos é uma opção prática e eficiente para corrigir a deficiência de estrogênio, proporcionando alívio dos sintomas associados à menopausa, que podem incluir distúrbios vasomotores, como fogachos, e problemas urogenitais, como a atrofia da uretra, que é a redução da elasticidade e umidade na região vaginal, causando desconforto durante as relações sexuais. Os adesivos também podem ajudar a melhorar a qualidade do sono e a reduzir a irritabilidade, que são queixas frequentes durante a menopausa.
Além de aliviar os sintomas, a terapia com adesivos de estradiol também pode prevenir a osteoporose, uma condição que pode se agravar na ausência de estrogênio. Para mulheres que ainda possuem o útero, é essencial que a terapia inclua uma suplementação de progestagênio durante o tratamento. Essa combinação é vital para evitar o desenvolvimento de hiperplasia endometrial e o subsequente risco de câncer uterino.
Por outro lado, ao prescrever a terapia hormonal apenas para a prevenção da osteoporose pós-menopausa, é recomendável considerar inicialmente medicamentos não estrogênicos. Isso ocorre porque a terapia estrogênica pode trazer riscos adicionais, e muitos médicos preferem explorar opções que não envolvam hormônios, especialmente para mulheres que podem estar em risco elevado de complicações associadas ao uso de estrogênio. Entretanto, a terapia com Estradiol Hemi-Hidratado pode ser uma opção a ser considerada para mulheres que apresentam um risco significativo de osteoporose, permitindo um manejo adequado da saúde óssea.
Em conclusão, a escolha do tipo de terapia hormonal deve ser individualizada, considerando as necessidades e a condição de saúde de cada mulher. O acompanhamento médico é fundamental para garantir que as pacientes recebam o tratamento mais adequado e seguro, minimizando os riscos e maximizando os benefícios. A terapia hormonal, quando bem indicada e acompanhada, pode ter um impacto significativo na qualidade de vida das mulheres durante e após a menopausa, ajudando a manejar os sintomas e prevenindo condições graves, como a osteoporose.