Reposição de testosterona
12/05/2025 Por Venus Anabol Off

Reposição de testosterona: quando fazer, remédios e efeitos colaterais

A reposição de testosterona, também conhecida como reposição hormonal masculina, é um tratamento indicado para a andropausa, um distúrbio hormonal natural que afeta os homens a partir dos 40 anos. A andropausa é caracterizada pela diminuição da produção de testosterona, o que pode levar a vários sintomas como redução da libido, irritabilidade e ganho de peso. Compreender a necessidade e os efeitos da reposição de testosterona é essencial para homens que estão enfrentando essa fase da vida.

A partir dos 30 anos, os níveis de testosterona começam a apresentar uma tendência de queda, porém, a reposição hormonal não é obrigatória nessa faixa etária. É importante ressaltar que o uso prolongado de testosterona sintética pode acarretar efeitos colaterais indesejados. Portanto, a reposição hormonal é normalmente recomendada apenas após os 40 anos, e somente quando os sintomas da andropausa se tornam intensos e causam desconforto significativo. Nesses casos, é fundamental consultar um urologista que avaliará o quadro clínico, solicitará exames de sangue para medir a dosagem de testosterona e, se necessário, indicará o tratamento de reposição.

Quando a reposição é indicada

Embora os níveis de testosterona comecem a declinar a partir dos 30 anos, nem todos os homens necessitam de reposição hormonal. Por isso, é crucial realizar uma consulta com um urologista para que os sintomas e os níveis hormonais sejam adequadamente avaliados. Esse profissional poderá determinar se a terapia de reposição é a melhor solução para o paciente.

Os sintomas mais comuns associados à diminuição da testosterona incluem:

  • Diminuição da libido: O desejo sexual pode diminuir, afetando a vida íntima.
  • Dificuldade de ereção: A capacidade de ter e manter uma ereção pode ser comprometida.
  • Perda de pelos no corpo: A redução na quantidade de pelos corporais e faciais pode ocorrer.
  • Aumento de peso: A dificuldade em controlar o peso pode ser notada, com ganho de gordura corporal.
  • Diminuição da massa muscular: O tônus muscular pode ser reduzido, levando a uma fraqueza geral.
  • Aumento da irritabilidade: Mudanças de humor e maior irritabilidade podem se tornar frequentes.
  • Insônia: Dificuldades para dormir e a qualidade do sono podem ser prejudicadas.

Após a identificação de sintomas, o médico pode solicitar uma série de exames laboratoriais para avaliar a saúde hormonal do homem. Esses exames normalmente incluem dosagens de testosterona total e livre, PSA (Antígeno Prostático Específico), FSH (Hormônio Folículo Estimulante), LH (Hormônio Luteinizante) e prolactina. Embora a prolactina seja um hormônio que geralmente se relaciona à lactação nas mulheres, níveis alterados em homens podem indicar disfunções hormonais.

Os valores normais para a testosterona total em homens variam entre 241 e 827 ng/dL. Para a testosterona livre, os valores ideais são de 2,7 a 18 ng/dL em homens entre 41 e 60 anos, e de 1,9 a 19,0 ng/dL em homens acima de 60 anos. Esses valores podem variar de acordo com o laboratório que realiza os testes. Caso os resultados estejam abaixo dos parâmetros de referência, isso pode indicar uma produção insuficiente de testosterona pelos testículos, levando o médico a considerar a reposição hormonal.

Medicamentos para reposição hormonal masculina

A terapia de reposição hormonal deve ser sempre conduzida sob orientação médica. O urologista pode recomendar diferentes formas de tratamento, incluindo:

  • Comprimidos de acetato de ciproterona, acetato de testosterona ou undecanoato de testosterona, como o Durateston;
  • Gel de dihidrotestosterona aplicado na pele;
  • Injeções de cipionato, decanoato ou enantato de testosterona, que podem ser aplicadas uma vez por mês;
  • Adesivos ou implantes de testosterona que liberam o hormônio de forma contínua.

Além da reposição hormonal, mudanças no estilo de vida podem ajudar a aliviar os sintomas da andropausa. Isso inclui a adoção de uma alimentação saudável, a prática regular de exercícios físicos, a redução do consumo de álcool e a cessação do tabagismo. É também recomendável reduzir o consumo de sal e de alimentos gordurosos. Suplementos vitamínicos, minerais e antioxidantes, como o Vitrix Nutrex, podem ser úteis na gestão da baixa taxa de testosterona no sangue.

Possíveis efeitos colaterais

A reposição de testosterona deve ser realizada exclusivamente sob supervisão médica e nunca deve ser utilizada para fins de aumento de massa muscular, pois isso pode trazer sérios riscos à saúde. Os efeitos colaterais potenciais incluem:

  • Agravamento de câncer de próstata: A administração de testosterona pode estimular o crescimento de células cancerígenas existentes.
  • Aumento do risco de doenças cardiovasculares: O uso inadequado pode elevar a pressão arterial e aumentar o risco de infarto.
  • Aumento da toxicidade do fígado: O uso de testosterona pode impactar negativamente a função hepática.
  • Aparecimento ou agravamento da apneia do sono: A terapia pode piorar esse distúrbio respiratório durante o sono.
  • Problemas dermatológicos: Acne e aumento da oleosidade da pele são comuns.
  • Reações alérgicas: Podem ocorrer reações cutâneas, especialmente com o uso de adesivos.
  • Aumento do tecido mamário: O uso de testosterona pode levar à ginecomastia e, em casos raros, ao câncer de mama.

O tratamento com testosterona não é recomendado para homens com suspeita ou diagnóstico de câncer de próstata ou mama, devido aos riscos associados à reposição hormonal. Portanto, é essencial que todos os homens realizem exames para descartar a presença de câncer de próstata, mama ou testículos, além de avaliações da saúde do fígado e do sistema cardiovascular antes de iniciar o tratamento hormonal.

Reposição hormonal causa câncer?

A reposição hormonal masculina não é uma causa direta de câncer, mas pode agravar a condição em homens que já possuem um câncer em estágio inicial. Por isso, é recomendado que, cerca de 3 a 6 meses após o início do tratamento, o paciente realize exames, como o toque retal e a dosagem do PSA, para verificar possíveis alterações que possam indicar a presença de câncer.

Em resumo, a reposição de testosterona é uma alternativa viável e eficaz para homens que enfrentam os sintomas da andropausa, desde que realizada sob orientação médica e com um acompanhamento contínuo. A avaliação cuidadosa dos sintomas e dos níveis hormonais, juntamente com a consideração dos riscos potenciais, é crucial para garantir a saúde e o bem-estar do paciente.