Testosterona- sinais de que está baixa e como aumentar
12/05/2025 Por Venus Anabol Off

Testosterona: sinais de que está baixa e como aumentar

A testosterona é reconhecida como o principal hormônio masculino, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento de características que são socialmente consideradas masculinas. Entre essas características, podemos destacar o crescimento da barba, o engrossamento da voz e o aumento da massa muscular. Além de suas funções associadas ao desenvolvimento físico, a testosterona também é essencial para a saúde reprodutiva masculina, pois estimula a produção de espermatozoides e está intimamente relacionada à fertilidade. Embora seja predominantemente um hormônio masculino, as mulheres também produzem testosterona, mas em níveis significativamente mais baixos.

Com o avanço da idade, especialmente após os 50 anos, muitos homens começam a experimentar uma diminuição natural na produção de testosterona. Esse fenômeno é conhecido como andropausa, que é comparável à menopausa que as mulheres vivenciam, embora com algumas diferenças significativas. É importante ressaltar que a redução nos níveis de testosterona não implica necessariamente que um homem se tornará infértil; ao invés disso, indica que sua capacidade reprodutiva pode estar diminuindo, uma vez que a produção de espermatozoides pode ser afetada.

Sintomas de testosterona baixa

Quando os níveis de testosterona nos homens estão abaixo do ideal, isso pode resultar em uma série de sintomas que afetam tanto a saúde física quanto a emocional. Os sintomas mais comuns incluem:

  • Diminuição da libido, ou seja, redução do interesse sexual;
  • Desempenho sexual comprometido;
  • Sentimentos de depressão ou tristeza persistente;
  • Perda de massa muscular e diminuição da força;
  • Aumento da gordura corporal, especialmente na região abdominal;
  • Redução na densidade de pelos faciais e corporais;
  • Irritabilidade e mudanças de humor;
  • Cansaço excessivo e falta de disposição para atividades diárias.

Além da disfunção sexual, a baixa produção de testosterona também pode estar associada a condições como osteopenia e osteoporose, que são condições que afetam a densidade óssea, aumentando o risco de fraturas e quedas. Outro aspecto a considerar é que a redução nos níveis de testosterona pode afetar a fertilidade masculina. Essa diminuição hormonal é um fenômeno comum e pode ser exacerbada por fatores como consumo excessivo de álcool, tabagismo, sobrepeso e diabetes.

As mulheres também possuem testosterona em seu organismo, mas em quantidades muito menores. Quando os níveis desse hormônio diminuem nas mulheres, elas podem experimentar sintomas semelhantes aos dos homens, como:

  • Perda de massa muscular;
  • Aumento no acúmulo de gordura visceral;
  • Diminuição do desejo sexual;
  • Desinteresse em atividades que costumavam ser prazerosas, podendo ser confundido com sintomas de depressão.

Por outro lado, quando os níveis de testosterona estão elevados nas mulheres, pode ocorrer o desenvolvimento de características masculinas, como o crescimento de pelos em áreas onde normalmente não seriam esperados, como no rosto, peito e na parte interna das coxas, próximo à virilha.

Se surgirem sintomas que possam estar relacionados a alterações nos níveis de testosterona, é fundamental procurar um profissional de saúde qualificado, como um endocrinologista, urologista (para homens) ou ginecologista (para mulheres). Esses especialistas poderão avaliar a produção hormonal e, se necessário, iniciar o tratamento adequado para restabelecer os níveis normais de testosterona.

Exame que mede a testosterona

Os exames laboratoriais que avaliam os níveis de testosterona no organismo podem não ser totalmente precisos, pois seus valores podem variar ao longo do dia, dependendo de vários fatores, como o horário da coleta, etnia, idade e hábitos de vida, incluindo alimentação e atividade física. Devido a essas variáveis, nem sempre o médico solicita a realização do exame apenas com base nos sintomas apresentados pelo paciente.

Normalmente, são realizados dois tipos de dosagem: a testosterona livre e a testosterona total. A testosterona livre é a fração do hormônio que está disponível para ser utilizada pelo organismo, representando cerca de 2 a 3% da testosterona total, que é a quantidade total de testosterona produzida, a maior parte da qual está ligada a proteínas no sangue.

Como aumentar a Testosterona

Os suplementos de testosterona devem ser utilizados somente sob orientação médica, já que podem ter efeitos colaterais significativos. Eles estão disponíveis em diversas formas, como comprimidos, géis, cremes ou adesivos transdérmicos. Exemplos de nomes comerciais incluem Durateston, Somatrodol, Provacyl e Androgel.

Entretanto, antes de considerar a suplementação, é aconselhável buscar métodos naturais para estimular a produção de testosterona. Isso pode incluir a prática regular de exercícios físicos, especialmente treinamento de força, o aumento do consumo de alimentos ricos em zinco, vitamina A e D, garantir uma boa qualidade de sono e manter um peso saudável em relação à altura. Se essas estratégias não forem eficazes e os níveis de testosterona continuarem baixos, o médico poderá sugerir o tratamento hormonal adequado.

No homem

Quando os níveis de testosterona estão abaixo do recomendado e o homem apresenta sintomas associados à baixa produção desse hormônio, o urologista pode prescrever a utilização de testosterona em forma de injeções ou gel, seguindo a orientação médica. É importante ressaltar que os efeitos da terapia com testosterona podem ser observados em um período de aproximadamente um mês de tratamento. Geralmente, os homens relatam sentir-se mais confiantes, com um aumento do desejo sexual, maior força muscular e uma sensação geral de bem-estar.

A suplementação de testosterona pode ser uma opção viável durante a andropausa, ajudando a mitigar os efeitos negativos dessa fase, promovendo uma melhor qualidade de vida. No entanto, o uso de testosterona deve sempre ser supervisionado por um médico, pois pode estar associado a riscos de saúde como o acúmulo de gordura no fígado, infertilidade, aumento do colesterol, hipertensão e aterosclerose.

Na mulher

Para mulheres que apresentam níveis de testosterona muito baixos, o ginecologista pode observar os sintomas e solicitar exames para avaliar a concentração do hormônio no sangue. A suplementação de testosterona é indicada em situações específicas, como na síndrome da deficiência androgênica ou quando os ovários param de funcionar devido a condições como o câncer de ovário. Em casos onde a diminuição da testosterona é causada por outros fatores, é mais apropriado buscar um equilíbrio hormonal, muitas vezes aumentando os níveis de estrogênio.